As telas sensíveis ao toque se dividem em duas categorias: resistivas e capacitivas. As resistivas são mais antigas e também mais baratas. Esse tipo de tela possui uma sobreposição de duas camadas: uma resistiva e outra condutora. Ao pressionar a tela, os dois lados se tocam, e a informação do toque é transmitida. O primeiro touchscreen resistivo já é bem antiguinho: foi usado em 1976 pela Organização Europeia para Pesquisa Nuclear.
As telas capacitivas são mais sensíveis e funcionam bem melhor; independem dessa pressão para fechar o circuito. Esse tipo de tela conta com uma tecnologia que possui uma camada de óxido que acumula energia. Com o toque, uma troca de elétrons ocorre e o comando é acionado. Só as telas capacitivas oferecem possibilidade de funções multitoque.
Telas capacitivas mais modernas podem usar até quatro camadas. A primeira é a protetora, que geralmente é feita de vidro. Abaixo dela estão outras duas camadas com eletrodos mais finos que um fio de cabelo humano. A mais acima carrega a corrente elétrica, enquanto a última, a sensitiva, sente a carga que está sendo deslocada pela camada de cima. Quando o dedo do usuário passa por cima da tela, a quantidade de carga muda nas linhas com a corrente elétrica e a carga “pula” para o seu dedo. É então o trabalho das linhas sensitivas saber onde a carga mudou na camada de cima.
Há ainda duas últimas atualizações na tecnologia capacitiva: a on-cell e a in-cell. Na On-Cell, a tecnologia sensível ao toque está sobre a camada exterior de vidro. A tecnologia é usada em telas Amoled dos dispositivos Samsung, por exemplo. Já a In-Cell faz a transferência das camadas intermediárias para dentro da camada protetora, o que acontece, por exemplo, no iPhone 5S. In-Cell permite dispositivos mais finos e mais leves, independente do tamanho da tela.
Alguns dispositivos com telas capacitivas são mais sensíveis do que outros; isso é uma peculiaridade do aparelho. Ao mesmo tempo, quanto maior o nível de sensibilidade do touchscreen, mais energia (ou bateria) ele utiliza para a função. Em alguns aparelhos, a sensibilidade é tão alta que é possível utilizar a tela mesmo sem literalmente encostar o dedo na tela, basta aproximá-lo bastante do dispositivo. Em outros, como o Nokia Lumia é possível usar a tela inclusive com luvas; para isso, basta alterar a sensibilidade do toque para “alta”.
Apesar da grande evolução das telas capacitivas, as resistivas vão conviver pacificamente com as mais modernas. Adivinhe por que?
Graças à evolução das telas sensíveis ao toque, o mundo da tecnologia ganhou aparelhos novos, como os smartphones e os tablets. E essa é uma história em constante evolução. O desafio é criar telas cada vez mais sensíveis e que consumam cada vez menos bateria.
Fonte: Olhar Digital